Sem risco de sofrer com a escassez de madeira nos próximos anos, Mato Grosso do Sul conta hoje com uma grande reserva da matéria prima para abastecer novas fábricas de celulose que devem entrar em operação no Estado e em localidades próximas.
A afirmação do gerente de consultoria em Energia e Agroindústria da Pöyry no Brasil, Dominique Duly, ganhou destaque no jornal Valor Econômico nesta semana.
Segundo ele, o Estado conta com oferta superior a 40 milhões de metros cúbicos de madeira sem casca, e apenas 20 milhões de metros cúbicos são consumidos.
Considerando-se as novas fábricas de celulose anunciadas ou planejadas – Paracel em Concepción, no Paraguai; Suzano em Ribas do Rio Pardo; expansão da Eldorado em Três Lagoas; e Euca Energy em Alto Araguaia (MT) -, a demanda adicional de madeira será de 26 milhões de metros cúbicos por ano.
“A oferta atual já seria suficiente para o novo consumo. E é preciso considerar que Paracel e Euca Energy vão usar madeira de Mato Grosso do Sul somente no início da operação”, afirmou Duly em entrevista ao Valor Econômico.
Mato Grosso do Sul é hoje o segundo Estado no Brasil na produção de eucaliptos, com mais de 1,7 milhão de hectares plantados, segundo informações do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.
Nesta semana, a Suzano anunciou ao mercado a construção da nova indústria de celulose do grupo em Ribas do Rio Pardo, que receberá investimentos de R$ 14,7 e terá capacidade de produção de 2,3 milhões de toneladas do produto ao ano, com geração de 10 mil empregos diretos durante a construção da fábrica.
Ao receber o anúncio “do maior investimento privado do Brasil”, o governador Reinaldo Azambuja pontou que Mato Grosso do Sul se preparou para diversificar sua economia e se transformar em um novo celeiro de oportunidades de negócios.
Produção de Excelência
Estudo da Pöyry Tecnologia, publicado na Época Negócios, revela que não no mundo país que supere a eficiência da silvicultura brasileira.
As florestas plantadas no país geram madeira de ótima qualidade para a indústria de celulose, com um custo até 50% menor e em um quinto do tempo ante a Finlândia, por exemplo, tradicional produtor de celulose e papel.
fonte:Bruno Chaves, Subcom
Foto: Chico Ribeiro