Já em julho de 2024 a população já desconfiava dos dados econômicos publicados pelo IBGE.
Mensagens como: “na próxima ida ao supermercado, imprima a inflação oficial no site do IBGE e pendure no carrinho” ou “não adianta o IBGE pintar os números. O mercado não engole”.
Agora, a instauração da fundação IBGE desencadeou um novo conflito interno no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, além de um embate de narrativas entre o presidente do instituto, Márcio Pochmann, e os funcionários.
A conexão entre a liderança da organização e o sindicato já estava em declínio desde agosto de 2024, quando foi determinado o retorno ao trabalho presencial para os colaboradores que estavam em home office desde a pandemia.
Segundo Pochmann, é imprescindível a criação de uma fundação para que o IBGE seja reconhecido como uma Instituição de Ciência e Tecnologia.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do IBGE discorda.
Os servidores afirmam que o quadro técnico não foi consultado e destacam a possibilidade de a fundação “comprometer a autonomia técnica do órgão oficial”.
De acordo com os sindicalistas, exonerações recentes na Diretoria de Pesquisas do órgão demonstram “que não se trata de uma corriqueira discordância”.
A presidência nega comprometimento da autonomia técnica.