PT teme derrota em 2026 se Lula mantiver política econômica

Os debates entre os quatro candidatos à presidência do PT têm escancarado não apenas as divergências em relação à política econômica do governo como também o  medo de que Lula não seja reeleito em 2026 se não mudar os rumos de sua gestão.

Com exceção do ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, todos os outros concorrentes atacam decisões tomadas pelo governo, pregam alianças à esquerda para 2026 e defendem até a demissão de ministros, como José Múcio, titular da Defesa.

“Ou o governo muda ou o povo muda de governo”, resumiu o secretário de Relações Internacionais do PT, Romênio Pereira.

“O presidente Lula precisa rapidamente dialogar com a população mais pobre deste País e, infelizmente, não está fazendo (isso)”, completou o candidato à presidência do partido pela corrente Movimento PT.

“As coisas caminham na direção de Tarcísio (de Freitas), um fascista com pinta de tecnocrata. E as pesquisas vão registrando nosso desgaste. Se mantivermos a política atual, seremos derrotados em 2026″, escreveu Pomar, um dia depois do debate, em seu blog.

O deputado Rui Falcão (SP) destacou, por sua vez, que Lula deveria ter ido à televisão defender as mudanças no IOF.

 Para ele, o presidente e o partido precisam ter coragem de combater o “senso comum”, segundo o qual o governo só quer aumentar impostos.

Ao cobrar uma guinada no PT, Falcão provocou a atual direção: disse que não se pode mascarar o resultado das eleições municipais do ano passado.

“Nós perdemos as eleições, ainda que o projeto Poliana diga o seguinte: ’Nós ganhamos porque fizemos maioria somando os nossos aliados em relação aos bolsonaristas’. Isso é uma ilusão”, alfinetou.

Alvo de todos os colegas e amigo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Edinho afirmou que o PT precisa ter “sabedoria política” para entender a sociedade de hoje e defender o governo.

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fonte: Coluna do Estadão

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