O ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto fez uma dura crítica à matriz econômica e social do governo do presidente Lula.
Disse que a administração federal, de esquerda, tem “uma obsessão com igualdade e não com diminuição da pobreza. Como a igualdade não é um fenômeno natural, o governo se vende como necessário para corrigir este erro”.
Para o ex-presidente do BC, a obsessão das esquerdas com promover a igualdade leva a um processo em que o “crescimento é feito com dívida e impostos nas empresas”.
O resultado é que o país acaba tendo “um Estado maior, setor privado atrofiado, dívida insustentável, inflação estrutural mais alta, juros altos e baixa produtividade”.
Para ele, “o jogo acaba quando a injeção pública de recursos faz mais mal do que bem e fica claro que todos vão terminar em uma situação pior”.
ÓDIO DO BEM: NÓS CONTRE ELES
O ex-presidente do BC também é crítico à atual estratégia do governo Lula, de usar o discurso de “pobres” contra “ricos” para justificar certos aumentos de impostos e aumento de gastos sociais.
“O discurso de ‘nós contra eles’ é ruim para todo mundo. Não é o que vai fazer o país crescer de forma estrutural. Precisamos unir todo mundo, o empresário, o empregado, o governo”, declarou em sua entrevista.