Um documento da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta para inconsistências em um projeto de pavimentação financiado por uma emenda parlamentar do ex-congressista Juscelino Filho, atualmente Ministro das Comunicações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Conforme o relatório, a estrada pavimentada favoreceria em 80% propriedades do ministro e de seus parentes no Maranhão, o que levanta dúvidas sobre o desvio de fundos públicos.
A auditoria da CGU indica que a pavimentação entre as terras da família do ministro já tinha recebido um financiamento anterior de R$ 2,5 milhões.
A Construservice, que foi encarregada do projeto, foi objeto de investigação pela PF devido à sua associação com Juscelino Filho.
Conforme a CGU, a razão oficial para a pavimentação financiada pelas emendas de Juscelino Filho foi a necessidade de “escoamento e acesso a serviços públicos”, o que não aconteceu.
CGU indica prejuízo superior a R$ 700 milhões
A auditoria realizada pela própria Codevasf, conforme indicado pela controladoria, constatou um prejuízo de R$ 736 milhões em obras parcialmente finalizadas.
Além disso, o processo de licitação que resultou na contratação da Construservice apresentou indícios de irregularidades que poderiam ter prejudicado a competitividade do processo.
As discussões entre Juscelino Filho e o homem de negócios Eduardo José Barros Costa, também referido como Eduardo DP e reconhecido como o real dono da Construservice, foram fundamentais para a apuração realizada pela PF.
Em diálogos, Juscelino Filho é retratado como o “verdadeiro chefe” do empresário, apontando prioridades, medições e liberando pagamentos vinculados ao projeto.
As informações são da Revista Oeste.