Ao entrar na queda de braço com o Congresso o governo Lula assume a judicialização de várias das questões.
E até é possível supor, no âmbito exclusivo da disputa judicial, que o Executivo julgue ter a lei ao seu lado ao contestar, por exemplo, matéria relativa à desoneração da folha de pagamento de empresas.
Está embutida na queda de braço via judicialização o pressuposto de que a instância final – o STF – favorecerá os pleitos do governo.
É uma busca de contrapeso aos poderes “exorbitantes” (no entender do Executivo) do Legislativo.
A ideia de contar com “simpatia política” no STF nasce de uma convergência de interpretações entre o núcleo duro no Planalto e integrantes influentes no Supremo sobre a natureza da oposição ao governo (e o próprio STF) dentro do Legislativo.
Lula está experimentando como é levar adiante um governo de minoria. O STF também.