DELTAN: Eleições consagram a direita e humilham Lula

Artigo de Deltan Dallagnol escrito para a Gazeta do Povo

“Não há uma relação direta entre a eleição municipal e a eleição nacional”, disse hoje o ministro de Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha (PT).

A constrangedora afirmação tinha apenas um objetivo: suavizar o impacto da derrota humilhante que Lula, o PT e a esquerda sofreriam no 1º turno das eleições municipais de 2024, encerrado hoje.

O PT não elegeu nenhum prefeito de capital no 1º turno, indo ao 2º turno em apenas quatro das 26 capitais brasileiras: Fortaleza, Natal, Cuiabá e Porto Alegre.

Em todas elas, os candidatos do PT estão em desvantagem, aparecendo em segundo lugar.

Enquanto isso, o PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), venceu em duas capitais já no 1º turno (Rio Branco e Maceió) e foi para o 2º turno em outras oito: Fortaleza, Manaus, Belém, Cuiabá, João Pessoa, Aracaju, Palmas e Goiânia.

A força demonstrada pelo PL ao ir para o 2º turno em 6 capitais do Norte e do Nordeste, onde Lula e o PT sempre tiveram vida fácil, é um sinal preocupante para Lula, que, nas últimas semanas, abandonou completamente as campanhas de aliados petistas, causando desespero e debandadas dentro do próprio PT.

O único evento recente de campanha em que Lula compareceu foi a caminhada com Guilherme Boulos (PSOL), no último sábado (5), na Avenida Paulista.

Uma das cidades em que Bolsonaro mostrou mais força nos últimos dias foi São Paulo: os esforços de última hora do ex-presidente e do governador Tarcisio de Freitas (Republicanos) foram recompensados com a ida de Ricardo Nunes (MDB) para o 2º turno contra Guilherme Boulos, que conseguiu desbancar Pablo Marçal (PRTB), sem dúvida a grande novidade destas eleições municipais.

Em Curitiba, o candidato da esquerda, Luciano Ducci (PSB), ficou de fora do segundo turno, sendo superado por Cristina Graeml (PMB), que surpreendeu com uma votação de 31,17%.

Curitiba terá agora um segundo turno entre Cristina e o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), que está na liderança com 33,51% dos votos e é o candidato apoiado oficialmente por Jair Bolsonaro, pelo governador Ratinho Júnior e que tem como vice o ex-deputado Paulo Martins, do PL.

Não poderia encerrar esta análise do 1º turno das eleições municipais de 2024 sem expressar meu orgulho pelo partido Novo, do qual sou embaixador: de acordo com os resultados até agora, ainda não consolidados, elegemos pelo menos 14 prefeitos e 203 vereadores em todo o Brasil, com 1 candidato a prefeito e 7 candidatos a vice-prefeito indo para o segundo turno em capitais e grandes cidades, como Manaus, Cuiabá, Santos, Jundiaí e Ribeirão Preto.

O resumo da ópera foi o seguinte: o 1º turno das eleições municipais de 2024 foi um vexame para Lula, o PT e a esquerda, e uma grande demonstração de força do campo da direita, onde se encontram conservadores, liberais, bolsonaristas e cristãos.

Em comum, todas essas pessoas defendem o livre mercado, as liberdades individuais, a família, a liberdade de expressão e a contenção de abusos judiciais do Supremo.

Os resultados  mostram que o campo de batalha de 2026 já foi semeado: daqui a dois anos, colheremos os deputados federais e senadores que poderão, enfim, colocar um ponto final no regime de censura de Alexandre de Moraes.

 

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