O  MSpontocom entrevista nesta quarta-feira o candidato a prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, da Coligação Sempre com a Gente.

MSpontocom – Segundo as últimas pesquisas o senhor lidera as intenções de votos para a Prefeitura de Campo Grande mesmo tendo como principais oponentes um candidato com o apoio do governo estadual e outro no comando da administração municipal. A que o senhor atribui este desempenho?

Marquinhos Trad – Recebemos com muito otimismo esses resultados, mas entendemos que a cada dia cresce mais a nossa responsabilidade. Estamos fazendo uma campanha limpa, sem ataques e baseada em propostas e as pessoas têm recebido bem isso.

Eu me preparei por 21 anos para submeter meu nome para apreciação popular.

Enfrentei temas importantíssimos e relevantes para a sociedade, tal qual a CPI da Enersul. Andei bastante. Nunca fui de gabinete. Conheço Campo Grande, a casa do povo. Sei como eles vivem. Eu sei a realidade da dona de casa. Eu conheço a dificuldade do trabalhador e sei o quanto esses últimos anos atrasaram a nossa cidade.

Tenho dito que as manifestações de junho de 2013 revelaram um novo modelo na política. Ou se respeita, ou quebra.

O respeito se faz com a resolução dos problemas. A quebra, com o chamado enrola-enrola, com jogar as coisas para debaixo do tapete, coligações por conveniência. Meu papel sempre foi a resolutividade e as pessoas conhecem meu trabalho.

MSpontocom – A eleição deve ser decidida em dois turnos. Como a campanha está com ânimos acirrados o senhor descarta o apoio de algum dos candidatos derrotados?

Marquinhos Trad – Temos ainda muita sola de sapato para gastar e vontade de trabalhar não nos falta para, se Deus nos abençoar, sairmos vitoriosos no primeiro turno.

Ainda é cedo para falar no resultado do primeiro turno e mais ainda em alianças para um eventual segundo turno. O que posso garantir é que não faremos a política do toma lá, dá cá.

MSpontocom – Campo Grande vive caos na infraestrutura com destaque mais visível para a má conservação das vias públicas. Se eleito, o senhor assume em janeiro em plena temporada de chuvas. O senhor tem um plano emergencial para este problema? Usaria os contratos de serviços de tapa-buracos da atual administração?

Marquinhos Trad – Se eleito, terei uma equipe de transição que vai investigar a fundo toda a situação da cidade, já se preparando para a administração. A manutenção da cidade parou no tempo, e quando isso acontece a conta fica cara.

O tapa-buraco, por exemplo, é um dinheiro praticamente jogado fora. Dinheiro do contribuinte, de todos nós.

O gasto com tapa-buraco já é grande e fica pior como é feito atualmente. Não tem controle da qualidade do produto e pouco ou quase nenhum da quantidade, fazendo com que muito dinheiro seja jogado fora.

Vou enfrentar o desafio de reconstruir Campo Grande com todo nosso empenho e dedicação. Vamos recorrer ao Governo Federal, apresentar bons projetos e buscar medidas que garantam eficiência com menor custo possível.

A população deve e será a única favorecida em qualquer contrato da da minha gestão. Desta maneira, não importa quem faz, mas o serviço que é apresentado com o dinheiro do contribuinte.

MSpontocom – Por falar em contratos, caso eleito, o senhor pretende fazer um “pente-fino” nos atuais contratos da administração municipal?

Marquinhos Trad – A gestão pública é igual a de uma empresa privada. Tem que prestar conta. O prefeito é alguém contratado para prestar um serviço. É preciso saber administrar, saber onde investir. Faremos auditoria em todos os contratos, revendo, inclusive, o firmado com a Águas. A população vai pagar apenas pelo que consumiu. É obrigação do gestor estar atento a todos os contratos, priorizando a economia e o bom investimento.

MSpontocom – Se, futuro prefeito qual seria o perfil de seu secretariado. Técnico, para maior agilidade da máquina pública ou político para melhor diálogo com a Câmara Municipal?

 Marquinhos Trad – Nossa equipe será técnica. O bom gestor é o que escolhe os melhores e mais competentes técnicos e se mantém vigilante na execução do plano de governo.

Vamos fazer uma gestão eficiente, com monitoramentos constantes das ações coordenadas e cobrança rigorosa de resultados. Comigo não tem essa de nomeação e loteamento da prefeitura para apadrinhados.

Vamos contar com os técnicos bons, que são os efetivos, e com uma equipe técnica muito capacitada. Vou fazer uma gestão decente, justa, onde funcione o portal da transparência, com os gastos da prefeitura, com o que arrecadou e onde gastou.

MSpontocom – Considerando que quem detém a máquina publica têm maiores chances de reeleição, o senhor acha, caso eleito, possa mudar o cenário para eleições estaduais de 2018?

Marquinhos Trad – Ainda é cedo para falar da eleição de 2018. Se eleito, vou estar focado na recuperação de Campo Grande, buscando parcerias com o Governo do Estado e Governo Federal.

Se eleito, com voto de confiança dado pela população, concentrarei meus esforços nesta tarefa, de recuperar a cidade. O que posso dizer é que as pessoas não se deixam influenciar e estão atentas ao trabalho de cada candidato.