Após recesso, os vereadores de Campo Grande retornaram às atividades em plenário virtual nesta terça-feira (4) com a sessão sendo polemizada com o pedido de lockdown na Capital feito à Justiça pela Defensoria Pública local.
Os parlamentares consideraram descabida a medida e se posicionaram contra.
Mesmo com os números em grande crescimento na cidade, como as mortes por covid-19 subindo 300% em apenas um mês, a prefeitura flexibilizou várias medidas, permitindo a abertura do comércio e outras atividades com menor restrição se comparado à segunda metade do mês de julho
“Se houver essa determinação será uma interferência direta nas ações de combate à pandemia, a qual a prefeitura tem feito de tudo no enfrentamento nos últimos dias“, destaca o vereador Otávio Trad (PSD).
Outro que se contrapôs ao lockdown e saiu em defesa da posição de Marcos Trad foi André Salineiro.
“Falar novamente em lockdown realmente me preocupa muito. O certo seria estarmos aqui discutindo o número de leitos de UTI. Se tivermos leitos suficientes, não precisa de lockdown”.
Culpa é do povo
Já o vereador Wellington Oliveira (PSD) usou sua fala para isentar o prefeito Marcos Trad de qualquer culpa no aumento dos números da covid-19.
Para Wellington, a culpa é de uma cultura já enraizada ao povo, que acaba desobedecendo às normas.
“O problema não está no prefeito. Está na cultura das pessoas que não usam máscaras e ainda se aglomeram. Mesmo com comércio e restaurantes fechados, elas fazem isso em casa, nas praças. Lockdown nesse momento é impensável, inaceitável”, dispara.
Prefeito
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que a Prefeitura de Campo Grande não decretará lockdown diante da escalada de casos do novo coronavírus.
A especulação, de acordo com o gestor é necessário reduzir a circulação e haverá sim, novas diretrizes. “Haverá medidas restritivas, mas não com fechamento de bares, não com fechamento dos shoppings”, esclareceu o prefeito.