As milhões de pessoas que foram às ruas em junho de 2013 são responsáveis em parte do pacote aprovado pelo Congresso que em resposta aos protestos – abriu o caminho para que o número de prisões temporárias e preventivas e os flagrantes de corruptos acusados de desvio de verbas públicas no País fosse multiplicado por quatro de 2013 para 2016.
“O marco disso é a lei de 2013”, afirmou a delegada Tânia Prado, presidente do Sindicato dos Delegados da PF.
Para ela, a legislação que emparedou o mundo político dificilmente passaria hoje no Congresso.
“Ela foi aprovada no contexto da pressão popular. Devem (congressistas) ter achado que era bom para prender traficante.”
Os números
Em 2013, a PF fez 302 operações no País de combate a organizações criminosas – desde as envolvidas com crime comuns, como tráfico de drogas, até as especializadas em delitos financeiros.
Em 2016, esse número aumentou 205%, chegando a 922.