PSDB pressiona para fim de “BONDADES” do governo Temer

psdbO PSDB pressiona o governo interino de Michel Temer para que deixe de fazer concessões no controle dos gastos públicos após a votação final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado.

Representantes de todas as alas da legenda defendem reformas macroeconômicas e uma gestão mais austera das contas do governo a partir de setembro, quando Temer deverá ser efetivado na Presidência.

O senador José Aníbal (PSDB-SP combinou, em conversa pela manhã com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o tom do discurso que fez horas mais tarde no Senado em defesa de um ajuste fiscal intransigente.

Para Aníbal, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deve ser inflexível e evitar novas “bondades” como as concedidas ao Poder Judiciário, ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público nos Estados.

A pessoas próximas, Aécio reclamou do que considera “leniência” e “flexibilidade” do governo no ajuste das contas.

Nos 83 dias de gestão interina, as bancadas do PSDB na Câmara e no Senado ficaram praticamente sozinhas na crítica à aprovação de reajustes do funcionalismo público que superam os R$ 50 bilhões de impacto até 2019 em meio à crise fiscal.

Cobranças

Um dos vice-presidentes do PSDB, o ex-governador paulista Alberto Goldman também defende uma postura mais firme da gestão Temer no controle das contas públicas. “Compreendo a cautela do presidente, mas, na minha opinião, é cautela demais. Ele está temeroso demais com a pressão das corporações”, disse Goldman.

“É óbvio que precisamos de uma gestão mais austera”, disse o deputado Jutahy Junior (PSDB-BA), outro tucano serrista.

Ligado ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o deputado Miguel Haddad (PSDB-SP) admitiu que há um “desconforto” no partido em relação ao governo.

“Tenho compreensão de que, até o impeachment de Dilma, Temer tem dificuldades para encaminhar as reformas, mas, passado isso, o País não poderá esperar mais”, afirmou.

fonte: (AE)

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