Servidores querem tirar proveito político em briga com Guedes, diz analista

No meio de toda essa briga entre as entidades de funcionários públicos e o ministro Paulo Guedes perdeu-se de vista o essencial: a situação de demência aberta presente na relação que divide o Brasil, de um lado, e os funcionários da União, dos Estados e dos Municípios, do outro, conforme análise de J.R.Guzzo do jornal O Estado.

Mas as diversas organizações que estão em guerra com o ministro não querem conciliação; querem é continuar com a disputa, enquanto der, para tirar o máximo proveito político disso para si e para seus patronos.

O Brasil, como lembrou Paulo Guedes, tem no momento 12 milhões de funcionários públicos federais, estaduais e municipais – um número que não faz o menor sentido, por nenhum critério, para um país com as carências do Brasil.

Mas há algo que faz menos sentido ainda: esse pessoal consome simplesmente 90% de tudo o que a população paga de impostos.

Ou seja: o país praticamente só arrecada para cobrir os salários, benefícios, vantagens, aposentadorias e, nas castas mais altas, os privilégios de seus funcionários.

Não há dinheiro que chegue; quanto mais o fisco toma do público, quanto mais as despesas com o funcionalismo aumentam. Conclusão: a conta não vai fechar nunca.

O Bolsa Família, que atende 13,5 milhões de famílias no Brasil inteiro, com menos de 190 reais por mês para cada uma, vai consumir 30 bilhões de reais, ao todo, em 2020. O funcionalismo vai embolsar quase 100 vezes esse valor.

Compartilhe: