O ministro Luis Roberto Barroso do STF, afirmou que eventuais ‘excessos’ da Lava Jato não podem ser usados para ‘destruir tudo o que foi feito’ pela operação.
Em entrevista ao historiador Marco Antonio Villa, Barroso afirma que as conversas obtidas por hackers não podem ser usadas para ‘desviar o foco’ do combate à corrupção.
“Claro que se tiver havido um excesso ou erro, ele tem que ser objeto de reflexão, mas é preciso não perder o foco. O problema não é ter havido um exagero aqui e ali, o problema é esta corrupção estrutural” afirmou Barroso.
O ministro disse ainda que o que ocorre no Brasil hoje é uma ‘tentativa de sequestrar a narrativa como se isso (corrupção) não tivesse acontecido’.
A declaração de Barroso contrasta com a do ministro Gilmar Mendes, que classificou a Lava Jato como um esquadrão da morte.
Nos bastidores do Supremo, a declaração foi vista como uma espécie de ‘prévia’ do julgamento da suspeição de Moro, que deve ocorrer ainda neste semestre.