É de mãos dadas com a ala militar que o bloco entra no governo e avança sobre cargos do Executivo em troca do apoio ao presidente.
A negociação, com aval de Bolsonaro, tem sido capitaneada pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo e general da ativa, Luiz Eduardo Ramos.
O ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, também general, eventualmente participa das conversas que ocorrem dentro do Palácio do Planalto.
Do outro lado do balcão, o principal negociador é o líder dos Progressistas na Câmara, o deputado Arthur Lira (AL), que informalmente passou a exercer a liderança do governo.
A nova base aliada de Bolsonaro ainda tem Republicanos, PL, PSD, Solidariedade, PTB e parte do DEM.
Entre militares, existe um certo desconforto em ver generais envolvidos diretamente na articulação política, mas argumentam que seguem a disciplina das Forças Armadas e cumprem ordens do comandante, no caso o presidente Bolsonaro.
O presidente determinou aos auxiliares evitar usar o termo “Centrão” e fala agora em “aliança de centro-direita”.
Para diminuir a resistência interna, o argumento que tem sido usado é que as conversas são “republicanas” e as indicações precisam ser aprovadas pelo Sistema Nacional de Indicação e Consultas (Sinc).