O governo de São Paulo tem se empenhado para conter o que chama de “contaminação” do bolsonarismo na Polícia Militar e manter a neutralidade e o caráter apartidário da instituição.
As principais preocupações são o comportamento de policiais em manifestações nas ruas e as postagens de integrantes da ativa da PM em redes sociais e em aplicativos, como o WhatsApp.
São compartilhados desde ataques ao governador João Doria (PSDB) a teses defendidas pelo bolsonarismo, como o fim do isolamento social durante a pandemia.
A presença de oficiais e praças da reserva e familiares de policiais em manifestações na Avenida Paulista de apoio ao presidente e contra o governador, hoje opositor contundente de Bolsonaro, reforça a preocupação no Executivo estadual.
Apontada como um dos focos do bolsonarismo na PM, a associação Defenda PM congrega cerca de 2 mil oficiais.
Em seu site a entidade mantém na página de abertura a seguinte frase: “Governador João Doria: despreparado para SP, despreparado para o Brasil”.
Uma das razões da adesão dos policiais ao bolsonarismo é a identificação do presidente com a pauta corporativista das polícias.
fonte: Marcelo Godoy, O Estado de S.Paulo