Área da saúde de Campo Grande devem ser levadas como modelo para todo país

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga esteve em Campo Grande para conhecer  projetos inovadores desenvolvimentos na área da saúde que projetam a Capital Sul-mato-grossense como referência para todo o país.

Durante a passagem pela Capital, o ministro enalteceu os avanços  obtidos na saúde pública do Município, sobretudo no fortalecimento da Atenção Primária, o bom desempenho na vacinação e o pioneirismo no tratamento pós-covid.

O primeiro projeto apresentado ao ministro foi o INOVAAPS, que teve início de forma pioneira em Campo Grande em 2019, através da parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde. A experiência foi evidenciada como modelo de boas práticas em artigo publicado na edição de junho da revista Ciência & Saúde Coletiva, referência em saúde pública e coletiva.

Por meio do INOVAAPS, foi possível impulsionar a criação de dois tipos de residência na cidade: Medicina de Família e Comunidade e Residência Multiprofissional. Os processos lançados no ano passado atraíram profissionais de diversos estados do país.

“Entendemos a necessidade de se formar profissionais capacitados para atender as mais diversas necessidades e a residência em saúde da família cumpre esse papel. A saúde começa na ponta, na atenção primária, por isso esta tem sido uma das prioridades do Ministério da Saúde. A formação é fundamental para que a gente possa fazer a diferença e criar um cenário mais favorável à saúde pública brasileira. Notamos que Campo Grande tem se destacado neste quesito”, comentou o ministro.

O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, destaca que com estes profissionais incluídos na atenção primária a prestação de serviços na área é fortalecida, sendo um dos maiores legados da gestão.

Além do ensino e especialização dos profissionais, há estudos que mostram que a integração dos residentes ao atendimento da população aumenta a satisfação entre os cidadãos que utilizam a rede pública, há um custo-benefício maior para o governo – uma vez que passa a se dar mais atenção a agravos que poderiam evoluir para urgências e emergências – e oferece atenção à saúde de quem mais precisa.

O avanço conquistado na atenção primária fez com que Campo Grande saltasse da última para a oitava posição entre as capitais com melhor cobertura de estratégia de saúde da família do país.

Outro ponto que também teve um resultado positivo, são os Núcleos de Ampliados de Saúde da Família (NASF), que hoje têm uma cobertura de 87,57%, atuando em 46 unidades de saúde da Capital.

Além dos avanços na atenção primária,  o pioneirismo no acolhimento aos pacientes após o contágio do coronavírus e a agilidade no processo da vacinação da Covid-19, que já imunizou quase metade dos habitantes, vacinando 44,77% da população, também foram evidenciados.

Monitora Saúde

Foi feita a doação ao Ministério da Saúde da plataforma “Monitora Saúde”, a qual integra o sistema de identificação prévia desenvolvido pela Prefeitura de Campo Grande,  para que possa ser utilizada por outros municípios do país.  No “pacote” inclui o sistema de monitoramento dos pacientes, gestão de vacinação, controle de estoque de vacinas e carteira digital de vacinação.

Pós-Covid

O ministro conheceu o primeiro ambulatório pós-covid 100% SUS do país, inaugurado no ano passado em parceria com a APAE. Até agora, o serviço já realizou mais de 15 mil atendimentos. Atualmente, 350 pessoas  estão em acompanhamento.

Pioneira neste tipo de serviço de reabilitação, a Prefeitura de Campo Grande também inaugurou uma Unidade Especializada em Reabilitação e Diagnóstico (UERD). Localizada na Vila Almeida, a UERD oferece uma avaliação global promovida por uma equipe multidisciplinar e, a partir de então, é traçado o programa de tratamento.

O pedido de encaminhamento deve ser feito na unidade básica de saúde mais próxima pelo profissional médico, via sistema de regulação (Sisreg), acompanhado de atestado de liberação para realização de atividade física.

Desde a inauguração, a Unidade Especializada em Reabilitação e Diagnóstico (UERD) já realizou 791 atendimentos. Todos os serviços que são feitos pela equipe multidisciplinar, composta por profissionais da área de fisioterapia, educação física, psicologia e nutrição, são realizados integramente pelo SUS.

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