Um importante eixo de exportação para Mato Grosso do Sul e estados e países vizinhos, dando viabilidade ao transporte da produção de minério de Corumbá para diferentes mercados no planeta e garantindo desenvolvimento e uma conexão entre o Estado e o Uruguai, que é a porta de saída desta rota sul-americana para o restante do mundo.
O parágrafo acima é uma breve descrição da Hidrovia Paraguai-Paraná, que tem início no Brasil e segue pelo Paraguai, Argentina e Uruguai, passando pelas principais cidades e capitais de ambos.
E foi no ponta final dessa via, a capital uruguaia Montevidéu, que o governador Eduardo Riedel acompanhou o embarque de mais uma produção de minério de ferro produzido em Corumbá pela subsidiária do grupo J&F Mineração, a LHG Mining.
“Estamos na Zona Alpha, a 40 km de Montevidéu, onde está acontecendo o transbordo de minério de ferro que sai de Corumbá. O produto desce por barcaça até Nova Palmira, no Uruguai, depois é carregado num navio de 50 mil toneladas, que é transbordo para um maior ainda, de 200 mil toneladas”, explica Riedel, que completa em seguida.
Em março de 2023, a LHG Mining inovou ao realizar a primeira operação de transbordo de minério de ferro para a China em um único navio, com capacidade de 175 mil toneladas do produto, na zona de alto mar do porto Nueva Palmira.
Além da comitiva sul-mato-grossense, o secretário nacional de Hidrovias e Navegação do Ministério dos Portos e Aeroportos, Dino Batista e o diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Eduardo Nery, acompanharam o trabalho de embarque no Uruguai.
A produção consolidada do minério de ferro e manganês passou de 4,5 milhões de toneladas para 8 milhões neste ano.
O Governo de Mato Grosso do Sul quer dar competitividade para a hidrovia Paraguai-Paraná, que pode operar com grãos e minério, além da função social que ela representa no Pantanal, como o transporte de ribeirinhos.
O fluxo logístico da mineração envolve duas minas em Corumbá, transporte de caminhão e trem por 12km até Porto Gregório Curvo, no rio Paraguai.
O material – 4 milhões de toneladas – é levado por 400 barcaças por 2,5 mil km até o Uruguai, em uma viagem que dura aproximadamente 32 dias, e chega até Porto Nova Palmira, onde está instalado o porto flutuante.
Todo o processo também expandiu as vagas de emprego diretos, passando de 790 para 2.520 no Brasil, de 120 para 319 no Paraguai, e com a criação de 218 frentes no Uruguai.
Desde a saída de Corumbá até a chegada aos mercados mundiais, o transporte demora em média 80 dias para a China e 50 dias para a Europa.
fontes: Natalia Yahn e Bruno Chaves, Comunicação
Fotos: Bruno Chaves
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