Enquanto no Brasil quase todos os processos da Lava Jato contra empreiteiras e contra o atual presidente Lula foram anulados pelo STF, a Justiça de outros países segue condenando acusados.
Agora, foi a vez do banco suíço J. Safra Sarasin, adquirido pelo Grupo Safra em 2011.
O Ministério Público da Suíça multou a instituição financeira em 3,5 milhões de francos suíços (US$ 4,3 milhões) por não ter tomado providências “razoáveis e necessárias” para impedir ações de lavagem de dinheiro que totalizaram 71 milhões de euros de 2011 a 2014.
O inquérito foi aberto pelo órgão suíço em novembro de 2018.
Na ocasião, as apurações das autoridades do país indicaram que uma das ex-gestoras de patrimônio do banco teria atuado como cúmplice de um esquema de corrupção de “agentes públicos estrangeiros e lavagem de dinheiro agravada” –a Operação Lava Jato.
Em nota, o Ministério Público suíço afirmou que “a presente condenação está relacionada com o caso de corrupção internacional conhecido como ‘Lava Jato’, envolvendo a petrolífera estatal brasileira Petrobras, parte demandante no presente processo”.
Segundo a investigação, contas bancárias geridas pela instituição foram utilizadas para operações de suborno a executivos da Petrobras.
O dinheiro teria sido usado para “favorecer interesses” de subsidiárias da estatal na “negociação e execução de contratos”.
ACORDO COM A PETROBRAS
Na decisão publicada na 6ª feira, o MP suíço informou que o J. Safra Sarasin chegou a pagar US$ 19,7 milhões à Petrobras, que é uma das partes demandantes do processo.
Por este motivo, a Justiça do país europeu decidiu que nenhum pagamento adicional seria necessário além da multa aplicada ao banco.
fonte: Poder 360