Um tribunal do Peru condenou nesta quinta-feira o ex-presidente Alejandro Toledo a 13 anos e 4 meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro.
A decisão compõe a segunda condenação do ex-mandatário por envolvimento em esquemas de corrupção.
Toledo, que governou o país entre 2001 e 2006, foi considerado culpado de utilizar recursos de propinas pagas pela construtora brasileira Odebrecht para adquirir imóveis de alto valor na capital Lima.
Segundo o Ministério Público peruano, o ex-presidente e sua esposa teriam usado US$ 5,1 milhões para a compra de uma casa e um escritório em um bairro nobre da cidade, além de quitar hipotecas de outras duas propriedades.
A nova condenação se soma à sentença de 20 anos e 6 meses de prisão proferida em outubro de 2024, relacionada ao recebimento de até US$ 35 milhões em propinas da Odebrecht em troca do contrato para a construção de uma rodovia que liga a costa sul do Peru à região amazônica brasileira.
Atualmente, Toledo está detido em uma penitenciária instalada dentro de uma base da Polícia Nacional em Lima.
A Odebrecht, epicentro da Operação Lava Jato no Brasil, admitiu em 2016 ter pago propinas a autoridades de diversos países da América Latina para obter contratos de obras públicas.