O impacto das decisões judiciais tem afetado de forma significativa a operação das empresas no Brasil, elevando os custos de investimento no país.
Essa conclusão é apresentada por um estudo coordenado por José Pastore, sociólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP).
A pesquisa revela que, em alguns casos, o impacto econômico de decisões judiciais sobre o mesmo tema pode ultrapassar R$ 1 bilhão.
O estudo destaca o impacto do chamado “ativismo judicial”, especialmente na área trabalhista.
Esse fenômeno tem afastado investimentos, prejudicado o crescimento econômico e até aumentado o desemprego.
O levantamento analisou decisões judiciais concretas.
Ele revelou como o ativismo judicial se manifesta quando juízes tomam decisões que não estão previstas pela legislação ou, em alguns casos, contrariam as leis existentes.
A pesquisa focou em dez temas principais.
Entre eles, a concessão de gratuidade em processos judiciais, a terceirização, as horas extras e a prevalência de acordos negociados sobre as normas trabalhistas.
Os resultados mostram que muitas decisões são tomadas com base em interpretações que não seguem o que a lei estabelece.
Isso gera insegurança jurídica e aumenta os custos para as empresas.
Estudo sugere uma análise rigorosa para reduzir ativismo judicial
Para reduzir os efeitos do ativismo judicial, o estudo sugere a adoção de uma análise rigorosa de custo-benefício.
Essa avaliação deve considerar o impacto das decisões judiciais, das leis e das medidas regulatórias.
Os pesquisadores também propõem maior participação de empresas e trabalhadores na criação das normas.
Além disso, defendem a atualização dos cursos de Direito, para que os futuros magistrados compreendam melhor os custos das decisões jurídicas.
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