Mesmo com o passar dos anos mantenho um espírito ingênuo.
Não sou militante partidário. Advogado também não sou.
As bolsas de apostas das Penitenciárias de Segurança Máxima, indicam que o resultado da próxima reunião de quarta-feira do STF será de 6 a 5 pró réus .
Não foi divulgado o percentual da margem de erro nem para cima, nem para baixo.
Ao contrário da maioria, vou ficar satisfeito pela oportunidade de novo julgamento aos condenados da Ação Penal 470.
A ética judiciária não permite que a chamemos de Mensalão.
No mensalão, (he,he,he) por 6 votos a 5 fica decidido que o desvio de 140 milhões de reais dos cofres públicos e compra de parlamentares em votações de importância para o país, não é crime.
Ou melhor é crime, mas não dá cadeia, perdão, cárcere privado.
Dos seis votos, cinco são de advogados, digo, ministros indicados pelos presidentes Lula e Dilma Rousseff.
Considero isso mera coincidência.
Fico feliz em morar em país que dá a todos o direito da ampla defesa.
Desvio de dinheiro público e compra de políticos já não é mais considerada formação de quadrilha.
A ampla defesa talvez também explique cemitérios repletos, famílias enlutadas, crianças órfãs e bandidos soltos.
Mas a ampla defesa é salutar para a democracia… dos sobreviventes.
Penso também que já que somos todos iguais perante a lei (ou não?), que todos os advogados de norte a sul, do nosso Brasil, revejam as condenações de todos seus clientes de leste a oeste, e peçam também seus embargos infringentes.
Seja lá o que isso queira dizer.
Sei que livra todos da cadeia, perdão novamente, do regime fechado.
O detalhe é que todos os processos devam ser remetidos a CapitalFfederal e que caiam nas mãos de advogados, digo, ministros de sobrenomes esquisitos.
Weber, Toffoli, Lewandowisk, Zavascki.
Sou orgulhoso de morar no país da ampla defesa e desde já sugiro um novo programa à presidente Dilma Roussef, que deve ser lançado com pompa e circunstância:
“Brasil, um país de semi-aberto para todos!”
Lancemos também o bolsa-embargos.
Os muçulmanos em suas orações respeitosamente se viram em direção a Meca.
Quando pagássemos nosso impostos, salários de ministros, deveríamos virar o bum-bum para Brasília.
Cuidado com as carteiras.