Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes , Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes disseram nesta sexta-feira, 6, descartar a possibilidade de as Forças Armadas apoiarem qualquer tentativa de golpe no País.
“Não acho que as forças armadas embarcaram nessa aventura”, disse Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um dos alvos preferenciais do presidente Jair Bolsonaro.
Embora divirjam entre si nas votações no plenário do STF, os três estão unidos agora contra a retórica do presidente Jair Bolsonaro, que tem mirado os ministros que integram a Justiça Eleitoral, como é o caso de Barroso e Moraes.
O presidente disse que poderia agir fora da Constituição contra Alexandre de Moraes, que relata um inquérito contra ele por possível conduta criminosa relacionada à disseminação de notícias falsas na transmissão ao vivo realizada no dia 30 de julho.
Não parte apenas do presidente as insinuações de ruptura institucional, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, disse a um importante interlocutor político que avisasse aos Poderes que, sem a aprovação do voto impresso pelo Congresso Nacional, as Forças Armadas não estariam dispostas a permitir a realização de eleições no ano que vem.