Um levantamento da Fulltrader Sports mostra que a inteligência artificial passou a responder por mais de 60% das decisões automatizadas nas plataformas de apostas em 2025.
O dado confirma a consolidação dos algoritmos preditivos, que hoje são utilizados para calcular probabilidades em tempo real, ajustar odds e recomendar apostas de acordo com o histórico de cada usuário.
O avanço acompanha a regulamentação do setor, que deve movimentar mais de R$ 100 bilhões no Brasil até o fim do ano, segundo estimativas do Ministério da Fazenda.
Para Ricardo Santos, cientista de dados e fundador da Fulltrader Sports, o movimento representa uma virada tecnológica.
“A plataforma aprende com o comportamento do usuário e oferece sugestões que fazem sentido para o seu perfil. É um salto de eficiência, mas que exige responsabilidade na forma como esses recursos são aplicados”.
Os algoritmos já levam em conta fatores externos como desempenho recente, desgaste físico, condições climáticas e até transferências de jogadores.
Em competições como o Brasileirão e o Mundial de Clubes, a combinação de variáveis intensificou o uso da IA, com as chamadas microapostas — aquelas feitas em escanteios, faltas ou jogadas específicas — crescendo 41% em 2024.
Santos alerta, contudo, que o uso de inteligência artificial não elimina a imprevisibilidade do esporte.
“É um erro pensar que a tecnologia garante resultados. O acaso continua sendo parte do jogo, e a análise humana segue indispensável”.
A personalização também tem impacto no perfil dos apostadores.
Estudo do Instituto Locomotiva mostra que as mulheres já representam 47% do público no Brasil, influenciando inclusive os algoritmos de recomendação.
Segundo Santos, esse grupo adota estratégias mais racionais e conectadas a dados de performance.
Transparência e educação digital
O setor de apostas enfrenta o desafio de conciliar inovação tecnológica e responsabilidade social.
A arrecadação pode chegar a R$ 6 bilhões em 2025, segundo projeção do governo.
A União alerta, porém, para a necessidade de campanhas educativas voltadas à prevenção de comportamentos compulsivos.
O fundador da Fulltrader Sports destaca que já existem recursos capazes de identificar padrões de risco e limitar o uso.
Ainda assim, reforça a importância da transparência e educação digital.
Sobre Ricardo Santos
Ricardo Santos é cientista de dados especialista em análise estatística para apostas esportivas em futebol e fundador da Fulltrader Sports, empresa líder na América Latina no desenvolvimento de softwares SaaS voltados ao público final de trade esportivo.