A juíza Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, decretou o bloqueio de R$ 20 milhões do empresário Wilson Quintella, do executivo Antonio Kanji e do advogado Mauro de Morais, no âmbito da Operação Quinto Ano da Lava Jato que investiga propinas de R$ 22 milhões em contratos da Transpetro. Gabriela mandou prender os três. Quintella e Morais foram capturados. Kanji deve se entregar nesta sexta, 1, à Polícia Federal, segundo seu advogado.
A investigação mira supostos pagamentos de propinas do Grupo Estre a executivos da Transpetro,subsidiária da Petrobrás, em contratos firmados entre 2008 e 2014, que somam R$ 682 milhões. As propinas chegam a R$ 22 milhões, segundo a Lava Jato.
Na decisão, Gabriela determinou que, para os bloqueios, não importa se os valores estão “misturados” com recursos de procedência lícita. O montante foi arbitrado pela própria magistrada ao atender o Ministério Público Federal, que pediu o “bloqueio sem limites” das contas dos investigados.
“O sequestro e confisco podem atingir tais ativos até o montante dos ganhos ilícitos. Considerando os indícios do envolvimento dos investigados em vários episódios de intermediação de propina e de lavagem de dinheiro, resolvo decretar o bloqueio das contas dos investigados até o montante de vinte milhões de reais”, sentenciou a magistrada, no dia 4 de dezembro de 2018.