A subprocuradora-geral da República, Lindôra de Araújo, encaminhou ao ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin uma devassa da Receita Federal que resultou em representação criminal contra o ex-presidente do Senado Renan Calheiros, no âmbito da Operação Lava Jato.
Os documentos vão abastecer o inquérito que mira a suposta compra do apoio de emedebistas à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2014, pelo valor de R$ 40 milhões que teriam sido repassados pela J&F.
Segundo a subprocuradora-geral, o documento interessa à investigação, especificamente porque Renan ‘recebeu valores repassados pela JBS, por meio da empresa IBOPE Inteligência, Pesquisa e Consultoria, utilizando-se da nota fiscaln° 14.247/2014, no valor de R$ 300.000,00’.
E autorizada a diligência, seria apurada a autenticidade de áudios, planilhas de distribuição de propinas, anotações e outros documentos, que segundo a PGR, ‘permitem identificar, entre outros dados, os beneficiários da propina, o ordenador da despesa, nomes de doleiros e de entregadores, além dos mecanismos utilizados na empreitada criminosa’.
A investigação
O inquérito foi aberto em maio, pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).