Lava Jato diz que prorrogação só até janeiro ‘inviabilizará’ os trabalhos

Procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro disseram em ofício enviado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que a prorrogação dos trabalhos até 31 de janeiro,  “inviabilizará” os trabalhos do grupo.

No documento, os 12 procuradores, entre eles o coordenador Eduardo El Hage, alegam que não há tempo útil para a implementação de Gaeco no lugar da força-tarefa sem a descontinuidade das ações. Reforçam, portanto, o pedido de prorrogação por, ao menos, um ano.

O documento afirma ainda que a “prorrogação por tempo insuficiente levará à descontinuação de investigações e processos criminais já instaurados e conduzidos pela força-tarefa”, como as 100 denúncias contra 553 pessoas.

Cita ainda outras estatísticas do grupo, como seis acordos de leniência e a colheita de mais de dois mil depoimentos.

No ofício, os procuradores afirmam ainda que o prazo de 53 dias para o encerramento das atividades da força-tarefa são, na verdade, 24 dias “líquidos”, descontando finais de semana e feriados. Ou seja, menos de um mês.

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