Nasa encontra matéria orgânica que sugere vida em Marte

A agência espacial norte-americana informou na quinta-feira 15 que encontrou uma quantidade apreciável de moléculas orgânicas, os tijolos básicos para a vida, no material colhido na missão do rover Perseverance, em Marte.

A missão do veículo autônomo investigou o local de um antigo rio, que provavelmente já abrigou um lago, e tinha ambientes potencialmente habitáveis ​​há 3,5 bilhões de anos.

As amostras coletadas pelo rover são as mais importantes até agora em sua missão para determinar se já existiu vida em Marte, de acordo com cientistas da Nasa.

“As rochas que estamos investigando no delta têm a maior concentração de matéria orgânica que já encontramos na missão”, disse Ken Farley, cientista do projeto Perseverance do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.

A missão do veículo robótico, que começou no planeta vermelho há 18 meses, inclui procurar sinais de vida microbiana antiga. A Perseverance está coletando amostras de rochas que poderiam ter preservado essas bioassinaturas reveladoras. Atualmente, há 12 amostras de rochas.

O resultado é insuficiente para responder às grandes questões que cercam a missão, como a busca por evidências de vida no passado de Marte. Mas isso tende a mudar quando o material for trazido à Terra para estudos aprofundados — o que deve acontecer só em 2033.

“É justo dizer que essas já são as amostras de rocha mais valiosas já coletadas na história”, disse David Shuster, cientista e pesquisador da Universidade da Califórnia em Berkeley. “As amostras que coletamos têm os ingredientes para a vida, em termos do contexto ambiental”, afirmou. “Esse material foi transportado por água, foi depositado em um lago, temos partículas finas que estavam se assentando no lago, temos fases que foram formadas durante a evaporação do lago, todas essas coisas, como discutimos, têm alto potencial para preservação de bioassinaturas.”

Se essas condições existiram em qualquer lugar da Terra, em qualquer ponto do tempo nos últimos, digamos, 3,5 bilhões de anos, acho que é seguro dizer, ou pelo menos presumir, que a biologia teria feito o seu negócio e deixado sua marca nessas rochas para a gente observar”, declarou o cientista.

fonte: Revista Oeste

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