A deterioração das condições econômicas no Brasil – com rombo nas contas públicas, inflação distante da meta de 3% e a perspectiva de elevação da taxa Selic nos próximos meses – tem afetado os preços dos ativos brasileiros, especialmente as ações.
A volatilidade no mercado está em alta e diversas gestoras estão revisando seus planos para o país.
“Há um cenário de maior aversão ao risco”, comenta Rafael Siqueira, sócio e gestor da L2 Capital Partners.
Um dos principais indicadores da baixa confiança nos ativos brasileiros é a saída de dólares pela conta financeira, que somou US$ 52,4 bilhões nos primeiros nove meses de 2024, a segunda maior retirada da história.
Economistas preveem que este ano tem grandes chances de ser o pior da história recente, superando até 2020, quando a pandemia da Covid-19 afetou gravemente a economia global.
A XP Asset Management também projeta um cenário mais difícil para ativos de risco, diante da tendência de elevação dos juros nos próximos meses e da persistente incerteza fiscal.
Eduardo Grüber, gestor da AMW, ligada à Warren Investimentos, aponta que o principal impacto sobre os ativos brasileiros vem da crescente preocupação com as contas públicas.
“A situação fiscal afeta não só os ativos financeiros, mas também diretamente os agentes econômicos. Com juros mais altos, as empresas são obrigadas a frear investimentos e a criação de empregos”, explica Grüber.
fonte: Gazeta do Povo
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