Vítimas de assédio sexual em Fortaleza (CE) podem fazer desde 2019 denúncias por meio da Super Nina, startup que reúne dados sobre importunação sexual.
A capital cearense foi a 1ª a utilizar a ferramenta, que foi criada em 2018, no Recife (PE).
Até 2026, a empresa quer atingir 8 Estados, com clientes B2G e B2B.
Na lista, estão Pará, Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, além de Ceará e Paraíba.
A solução não se limita a denúncias de episódios de assédio registrados dentro do transporte coletivo.
A fundadora e CEO da Super Nina, Simony César, disse que a ferramenta também registra casos que se deram nos terminais e nas paradas de ônibus.
A partir da denúncia, a ferramenta orienta a vítima a realizar um boletim de ocorrência.
Segundo a CEO, fazer o registro na Nina é importante para conseguir as imagens da agressão mais rápido, caso a vítima não tenha fotografado ou filmado o ato de importunação sexual.
Se houve a informação sobre o número da linha do ônibus em que se deu o assédio, por exemplo, a startup consegue capturar o vídeo do momento do assédio.
A vítima também pode subir fotos e vídeos na Super Nina para embasar a denúncia.
Se o ato não foi dentro do ônibus, a pessoa pode informar qual terminal rodoviário ou qual parada em que o caso se deu.
Além de servir como um suporte à vítima, a Super Nina também contribui para que o poder público crie novas soluções de combate ao assédio e outros problemas sociais.
A partir dos dados das vítimas, a Super Nina consegue mapear, por exemplo, em quais linhas da cidade há o maior número de assédios, se a parada de ônibus onde a importunação sexual foi registrada está em via com pouca iluminação pública, entre outros problemas.
Para chegar a esse monitoramento, a startup utiliza inteligência artificial.
EXPANSÃO
Simony disse que o processo de implementação da Super Nina na Paraíba já está avançado, mas não está definida a data de quando o serviço estará apto à população.
A partir do contrato assinado, há um prazo de 6 a 9 meses para o serviço estar plenamente disponível aos passageiros.
Por ser uma solução exclusiva, não é necessário licitação para adquirir a Nina.
Segundo Simony, a startup cobra um valor mensal com base na frota de ônibus e um valor anual pela consultoria dos dados.
RAIO-X DA NINA
fundador: Simony César; fundação: 2018; sede: Recife (PE); número de funcionários: 6; faturamento de 2023: R$ 400 mil;
contato: e-mail: simony@ninamob.com
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fonte: Poder 360
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