TSE combate supostas fake news, mas não amplia sua própria transparência

Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

Em 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu intensificar suas ações contra o que considera fake news e até criou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação.

O TSE ampliou suas estruturas de combate a notícias falsas, contudo, falta transparência sobre a atuação desses órgãos, conforme reportagem publicada  pela Folha de S.Paulo.

Críticas à transparência do TSE em combate às supostas fake news

De acordo com o jornal, esse método que analisa denúncias sobre “desinformação” contra “membros, servidores e colaboradores da Justiça Eleitoral” e candidatos, pode prejudicar a imagem de imparcialidade do TSE.

Durante o processo eleitoral, o tribunal não divulgou, por exemplo, números gerais de alertas que arquivou ou enviou para as empresas de redes sociais.

Folha informa que, mesmo no relatório final do TSE, constam apenas dados genéricos, sem detalhamento por categoria ou explicações sobre as medidas que a Justiça decidiu adotar.

Opiniões divergentes sobre o papel do tribunal

A advogada eleitoral Carla Nicolini observa que há um julgamento prévio dos conteúdos, o que pode afetar a imparcialidade do TSE.

Ivar Hartmann, professor de direito do Insper, também ressalta que a ausência de dados detalhados inviabiliza a transparência e a prestação de contas.

Já André Boselli, da ONG Artigo 19, defende que a triagem pelo TSE não deve ocorrer fora de uma atuação judicial.

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Via Revista Oeste

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