O Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Fiesp (Conic) teve as cidades inteligentes como um dos temas de sua reunião mensal, nesta semana, na sede da entidade.
Eduardo Dias, professor titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), apresentou três projetos desenvolvidos pela Poli no âmbito do conceito de cidades inteligentes.
Projetos
O primeiro projeto apresentado foi um sistema de rastreabilidade de cargas.
Os dados sobre a carga, explicou, são inseridos no chip ainda no frigorífico. Assim que o caminhão é lacrado, as informações são enviadas online para os computadores da Vigilância Agropecuária que estão no porto. Segundo Dias, foram dois anos de teste, e agora o sistema está entrando em operação oficial pelo Ministério da Agricultura.
O segundo projeto é o sistema que inibe fraude fiscal no varejo. “Foi criado um dispositivo para coleta e transmissão de dados para a Secretaria da Fazenda de São Paulo, monitorando diariamente as operações comerciais no varejo, identificando a sonegação e dando alerta para a fiscalização”, explicou Dias. O sistema já está operando em todos os postos de combustível do Estado.
Por fim, Dias falou sobre a tecnologia inovadora para operar semáforos inteligentes em São Paulo. Segundo ele, os semáforos da cidade utilizam protocolos de rede diferentes, que não se comunicam entre si. Com esse equipamento foi possível unificar as redes de informações. “Hoje, a prefeitura conta com quase 4.000 semáforos inteligentes”, disse, o que gera economia significativa.
Representatividade
Durante a reunião, Ronald Martin Dauscha, presidente do Centro Latino Americano de Inovação, Excelência e Qualidade (Claeq) apresentou ações que serão desenvolvidas pelo Conic para alavancar a representatividade do Conselho.
A ideia é garantir que os temas levantados e discutidos nos encontros possam realmente se ver representados na sociedade, nos agentes executores e nas empresas no que tange a reais melhorias na gestão e efetivação da inovação no Estado.