O Ministério do Desenvolvimento Social informou neste sábado, 1, que afastou o ex-ministro petista Carlos Gabas e outros dois servidores de carreira do INSS para investigar a conduta deles em um suspeito tratamento diferenciado para a aposentadoria da presidente cassada Dilma Rousseff pelo instituto.
Segundo reportagem da revista “Época”, Dilma se aposentou menos de 24 horas depois de ter assinado, em 31 de agosto, a notificação do Senado que oficializava que o impeachment tinha sido aprovado.
Ela obteve a remuneração mensal de R$ 5.189,82, teto da Previdência.
O tempo médio de espera para se aposentar no Brasil é de 74 dias, segundo o INSS. Em Brasília, onde o pedido de Dilma foi deferido, é de 115 dias.
O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Alberto Beltrame, determinou ao INSS, vinculado à Pasta, que abra sindicância interna para apurar a responsabilidade de Gabas e de Iramo da Costa Coelho e Fernanda Cristina Doerl dos Santos.
Segundo a “Época”, Gabas – que foi ministro de Dilma e é servidor de carreira do INSS – acompanhou uma mulher munida de procuração de Dilma para fazer o pedido da aposentadoria em uma agência do instituto em Brasília.
Segundo o ministério, os três foram afastados dos cargos de origem para que não possam interferir no andamento das investigações.
Coelho e Fernanda vão ser dispensados dos cargos de confiança que ocupam.
A decisão será publicada no Diário Oficial da União de terça-feira.
fonte: (AE)