Plano Safra da Agricultura Familiar conta com R$ 220 milhões em MS

safraOs agricultores familiares sul-mato-grossenses que desejam melhorar suas propriedades ou adquirir bens em prol da melhoria de produção já podem acessar as linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), referente ao Plano Safra da Agricultura 2017/18.

Um montante de R$ 220 milhões está disponível para a pequena classe produtiva do Estado.

O valor foi anunciado, nesta terça-feira (11.7), pela Superintendência do Banco do Brasil do Mato Grosso do Sul.

Somados os valores direcionados aos grandes, médios e pequenos produtores do Estado foi disponibilizado um total de R$ 6,4 bilhões, sendo R$ 780 milhões para o produtor de médio porte, R$ 5,4 bilhões ao produtor de grande porte e R$ 220 para a agricultura familiar.

As taxas de financiamento dentro do Pronaf serão mantidas de 2,5% a 5,5% ao ano.

Outro destaque está para mudanças no Pronaf Mais Alimentos e o Pronaf Custeio.

“É importante dizer que o Pronaf Mais Alimentos e o Pronaf Custeio terão novidades em relação a prazo, passaram a contar com dez anos de pagamento e três anos de carência, o que permite uma plena adaptação e retorno ao investidor, produtor”, informou o superintendente do Banco do Brasil do MS, Gláucio Fernandes.

Além dessas alterações nos programas, outras medidas vêm sendo tomadas para acelerar a aprovação dos projetos no Pronaf e, consequentemente, a liberação de dinheiro na conta do produtor para custeios e investimentos.

Desenvolvimento

Em termos estaduais, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, destacou a relevância do Plano Safra para outros setores de produção do Mato Grosso do Sul, a exemplo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).

“O volume de recurso que nós temos este ano é de R$ 1,3 bilhão. Hoje, estamos com uma plataforma de aprovação, no ano passado, nós alteramos o convênio e, agora, qualquer Carta Consulta do FCO de até R$ 1 milhão não vai mais para o Conselho Estadual, ou seja, tudo é aprovado junto ao Banco do Brasil e depois é só comunicado ao conselho. O que permitiu uma agilidade de no mínimo 15 dias que era o trâmite que corria em termos da carta consulta”.

Outras mudanças consideráveis no que tange ao Plano Safra está nas ações para a recuperação da qualidade do solo. “No caso do Plano Safra, estamos reformulando o Programa Terra Boa que, no início, ficou muito voltado ao conceito de estímulo ao incentivo fiscal.

Para a média e grande produção o Plano Safra ainda prevê um montante nacional de R$ 1 bilhão que será voltado para o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns.

Será ofertado também R$ 1 bilhão por meio do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro). A abrangência do programa foi ampliada e inclui agora equipamentos de agricultura de precisão e de sistemas de conectividade para a gestão das atividades agropecuárias, entre as atividades financiadas.

Já para a agricultura familiar a sacada da vez é a disponibilização de ferramentas digitais, aplicativos, para facilitar a consulta de extratos e o georeferenciamento dos sítios para emissão de informações junto ao Pronaf.

Atualmente, o Banco do Brasil é responsável por 86% da carteira de agronegócio do Estado e 60% em todo o território brasileiro.

O lançamento do Plano Safra 2017/18 contou com uma transmissão simultânea de Brasília a as 27 unidades federativas. Em seguida foi à vez das autoridades locais darem continuidade ao evento.

Aline Lira – Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer)

Compartilhe: