Após o desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, trocar por prisões domiciliares as prisões preventivas do bicheiro Carlinhos Cachoeira e outros réus na Operação Saqueador, o procurador regional da República José Augusto Vagos, que atua junto ao TRF 2, fez duras criticas à decisão e anunciou que vai recorrer.
Segundo José Augusto Vagos, a medida determinada pelo desembargador “beira o abolicionismo penal”.
“Prisões domiciliares sem análise mais profunda e cuidadosa, num contexto de desvios de quase 400 milhões, soltura relâmpago, fico a imaginar quais situações em concreto justificariam uma prisão cautelar para sua excelência”, atacou o procurador .
– É um desprestígio aos órgãos que trabalharam duro para essa operação, com gasto enorme de tempo e dinheiro para que, sem maiores considerações e aprofundamentos concederem-se prisões domiciliares em série. Também importante ressaltar que foram mais de 20 denunciados, e o MPF teve o cuidado de pedir prisões de uns poucos, mas importantes, que representariam maior risco à ordem pública e à regular aplicação da lei penal – disse o procurador regional da República José Augusto Vago.
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