Com liberdade de Sérgio Cabral, STF ‘enterra’ a Lava Jato, dizem juristas

A revogação da prisão preventiva do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral representa o “enterro” da operação Lava Jato.

 Essa é a avaliação do especialista em direito penal Maurício Januzzi:

“O velório e o enterro formal da operação Lava Jato. Em outras palavra, operação que teve o seu cunho e compromisso de acabar com a corrupção no país, que faz com que, efetivamente e infelizmente, seja sepultada por uma questão de competência da justiça federal, da 13ª vara criminal federal de Curitiba, é solto um indivíduo que, em outros crimes, inclusive daqueles que estavam no foro competente, que é o do Rio de Janeiro, foi condenado e confessou, é réu confesso nos crimes praticados”.

A deputada estadual de São Paulo e professora de direito Janaina Paschoal (PRTB) concorda que a reversão da prisão preventiva de Cabral em prisão domiciliar representa um desmonte da Lava Jato.

“Olhando para as anulações primeiras, todas as que já aconteceram. Essa decisão que beneficiou Sérgio Cabral finda tendo alguma lógica. O que não tem lógica inclusive sob o ponto de vista técnico é o início desse processo todo, porque, por exemplo, as anulações do presidente eleito Lula, elas aconteceram no âmbito de embargos de declaração. E, pode fazer um levantamento jurisprudencial, isso não existe. Nos tribunais nacionais, praticamente virou um case”.

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