Fiems apresenta potencial da indústria de MS a países do sudeste asiático

Apresentado pela Fiems, o potencial da indústria de Mato Grosso do Sul despertou a atenção de embaixadores de sete países que compõe o chamado Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático) e,  estiveram reunidos com empresários e autoridades no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande.

Representantes do Myanmar, Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia, Cingapura e Vietnã vieram em busca de informações sobre a Rota Bioceânica, a ser viabilizada com a construção de uma ponte sobre o Rio Paraguai que ligará o Brasil, via município de Porto Murtinho, no sul do Estado, aos portos do Chile, facilitando o acesso local ao mercado asiático.

Na reunião, foi definido que a Fiems será o ponto focal da interlocução entre os empresários sul-mato-grossenses e potenciais investidores do bloco e que, após este contato inicial, haverá um estreitamento das relações entre a iniciativa privada.

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, também comentou que as operações comerciais entre a indústria de Mato Grosso do Sul e os sete países do bloco econômico ainda são tímidas – o Estado exportou US$ 287,7 milhões e importou US$ 36,3 milhões em 2019, segundo levantamento do Radar Industrial da Fiems –, mas apostou que, com o novo corredor bioceânico, a movimentação alcance US$ 1,5 bilhão por ano.

Atual presidente do bloco econômico, o embaixador do Myanmar, Myo Tint, salientou que os países estão alinhados para, juntos, iniciarem negócios com Mato Grosso do Sul.

“A intenção é que todos os países e não somente Myanmar consiga exportar e importar com Mato Grosso do Sul”, ressaltou.

Rota Bioceânica

A Rota Bioceânica terá aproximadamente 4 mil km de rodovias que atravessarão o continente sul-americano no sentido leste-oeste, a partir do Porto de Santos, cortando o Paraguai e a Argentina e chegando aos portos chilenos de Arica e Iquique.

A ideia é que o corredor seja terminado em 2023.

A maior parte do trabalho deverá ser realizada pelo Paraguai, que precisará asfaltar mais de 600 km de suas rodovias, que ainda estavam sem pavimentação. O trajeto terá 2.396 km entre Campo Grande (MS) e Antofagasta, no Chile.

A rota será um atalho de 7.000 km até os mercados asiáticos e deve diminuir em até duas semanas o tempo de viagem das exportações do Centro-Oeste do Brasil até a China, Japão e países do sudoeste asiático.

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