Grupos no WhatsApp pedem golpe militar e impeachment do STF após decisão de Fachin

Após o ministro do STF  Edson Fachin anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Operação Lava Jato, grupos bolsonaristas no WhatsApp reagiram criticando a decisão e pedindo medidas como a intervenção das Forças Armadas, o impeachment de ministros da corte e a implementação do voto impresso na eleições de 2022.

A postura crítica à decisão de Fachin predominou no universo analisado —teve 62% dos compartilhamentos totais.

Pedidos de intervenção militar, por exemplo, apareceram em nove mensagens compartilhadas 48 vezes (9,5% do total analisado) desde segunda-feira.

A maioria evocava para isso o artigo 142 da Constituição. Ao menos desde 2019 o texto é citado por apoiadores de Bolsonaro para defender que o presidente poderia usar as Forças Armadas para fechar o Congresso e o STF.

Outro argumento presente nesses grupos —12 mensagens compartilhadas 57 vezes (11% do total)— é o de que a decisão de Fachin faria parte de uma conspiração para fraudar as eleições presidenciais de 2022 e favorecer Lula.

Sete mensagens compartilhadas 42 vezes divulgavam protestos e petições para pedir o impeachment de Fachin ou, em alguns casos, dos 11 ministros da corte.

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