Implantação de ferrovia entre Dourados e Paranaguá anima setor produtivo

marcelo_miglioli_foto_jessica_barbosaO projeto de construção de uma ferrovia ligando Dourados (MS) ao Porto de Paranaguá (PR) teve a sua fase de realização de consultas públicas concluída em Dourados.

Agora, a próxima etapa é o Governo do Paraná lançar o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), em que grupos nacionais e estrangeiros terão 60 dias para se habilitarem e manifestarem interesse em desenvolver os estudos técnicos e de viabilidade econômica e financeira da ferrovia.

“Não tenho dúvida que esse projeto ferroviário, ligando Dourados a Paranaguá, dá um salto muito grande na viabilidade econômica de Mato Grosso do Sul no quesito transporte. Hoje o Porto de Paranaguá opera com uma capacidade de 45 milhões de toneladas/ano, e o planejamento deles é elevar, até 2030, para 80 milhões de toneladas”, afirmou Marcelo Miglioli, secretário estadual de Infraestrutura.

Durante a consulta pública, o diretor de Produção da Ferroeste, Rodrigo César de Oliveira, lembrou que Mato Grosso do Sul e Paraná respondem por quase 30% da produção de grãos no Brasil.

Sobre o modal

A Ferroeste, que uma sociedade de economia mista ligada do Governo do Paraná, iniciou uma série de consultas públicas, com o objetivo de debater a proposta com a sociedade civil e receber eventuais sugestões ao projeto de implantação de uma ferrovia que ligará o Porto de Paranaguá ao Mato Grosso do Sul.

Em princípio, o projeto leva em conta dois trechos. O primeiro prevê a implantação de cerca de 400 quilômetros de linha férrea, entre o Porto de Paranaguá e Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná.

A proposta é de que haja um novo traçado, paralelo à rodovia BR-277. Com isso, a nova ferrovia não usaria o trecho da ferrovia histórica, que liga o litoral a Curitiba e que continuaria sendo explorado para fins turísticos.

O segundo trecho contempla a construção de 350 quilômetros de trilhos, entre Cascavel (PR) e Dourados (MS), passando por Guaíra (PR). Com esse traçado, a Ferroeste espera absorver a demanda logística do Paraguai (via Guaíra) e do Mato Grosso do Sul. A expectativa é de que o modal sirva para escoar não só a crescente safra de grãos, mas também da indústria pecuária.

Foto: Marcelo Miglioli, secretário Infraestrutura – por Jéssica Barbosa

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