Os pretextos para cassar o ex-juiz Sergio Moro lembram o fim da Operação Mãos Limpas, na Itália: ladrões de volta ao poder e os que os investigaram convertidos em réus.
O paralelo com a Lava Jato é evidente.
A operação, iniciada em 2014 pelo Ministério Público Federal do Paraná, revelou o conluio entre os políticos e as maiores empreiteiras do país, todos os ex-presidentes vivos foram presos ou investigados.
Até os dois homens símbolo das operações – Sergio Moro no Brasil e Antonio Di Pietro na Itália – tomaram caminhos parecidos: ambos trocaram a toga pela política.
A renúncia de Di Pietro da força-tarefa de Milão, em dezembro de 1994, marcou o fim da operação.
Em 6 de dezembro de 1994, Antonio Di Pietro, o procurador que até então havia sido o símbolo da Mãos Limpas, ao término de uma audiência no Tribunal de Milão, tira a toga diante dos colegas e do público.
O gesto inesperado, gravado pelas câmeras, declara, de fato, o fim da operação.
“Saio de fininho e com a morte no coração”, disse o magistrado na época.
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