MP suspeita de sobrepreço e direcionamento em compra de R$ 1,2 milhão em SP na pandemia

O Ministério Público de Contas de São Paulo entrou com uma representação junto ao Tribunal de Contas do Estado questionando a compra emergencial, sem licitação, de R$ 1,2 milhão em kits de toalhas umedecidas para o enfrentamento da pandemia da covid-19 pela gestão João Doria (PSDB).

No documento de 14 páginas, enviado à Corte, o procurador-geral Thiago Pinheiro Lima aponta indícios de direcionamento do contrato, sobrepreço de 80% na aquisição e levanta suspeitas sobre empresas que manifestaram interesse no pregão.

Isso porque, segundo o Ministério Público, haveria um histórico indicando conluio entre uma das participantes e a companhia escolhida.

“Documentos de habilitação a ela pertinentes estão datados ou foram expedidos em momento anterior, dando a entender que, desde o início, já se sabia quem seria a empresa a ser contratada”, diz a representação.

Ainda segundo o documento, a quantidade de kits e a especificação de unidades por embalagem também precisam ser esclarecidos pela pasta.

Compartilhe: