PF que investiga “milícias digitais” contraria Moraes e não aponta crime em relatório

A delegada da Polícia Federal Denisse Ribeiro, responsável pela investigação de uma suposta “milícia digital” composta por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, enviou  ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, um relatório parcial sobre o caso.

Nas seis páginas do documento, no entanto, ela não apontou um crime concreto, indicando, por exemplo, o autor de determinado delito e qual seria ele.

Escreveu, pelo contrário, que “muitos dos fatos noticiados, caso extraídos e isolados, dissipam a ideia de uma ação arranjada ou mesmo não caracterizam um crime em si”.

Em outro trecho, registrou a existência de eventos que não caracterizam “por si tipos penais específicos”

O inquérito das “milícias digitais” foi aberto no ano passado por Alexandre de Moraes como um desdobramento de outras investigações, também relatadas por ele, e que apuravam ofensas e ameaças aos integrantes do STF.

Em comum estão os alvos, na maioria apoiadores de Bolsonaro que se notabilizaram nas redes sociais com comentários políticos, como Allan dos Santos, dono do canal Terça Livre, que acabou fechado depois que Moraes cortou seu financiamento e mandou prendê-lo.

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