Primeiros dias do governo Lula já escancaram desmandos, impasses e recuos

Os três primeiros dias do terceiro mandato de Lula são marcados, sobretudo, por atritos entre ministros e recuos motivados, em especial, por impasses sobre o rumo da política econômica.

O bate-cabeça no primeiro escalão do governo foi causado, em especial, por divergências relacionadas à política de preços da Petrobras, a desoneração dos combustíveis e o futuro da reforma da Previdência.

O primeiro recuo foi motivado pela desoneração da gasolina e do etanol.

Inicialmente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia acordado com o agora ex-ministro da Economia Paulo Guedes que fosse assinada uma Medida Provisória (MP) para prorrogar o benefício por um mês.

Entretanto, a mando de Lula, em 27 de dezembro, antes mesmo de assumir o cargo, o ministro voltou atrás e pediu que Guedes desistisse da desoneração.

O segundo recuo do recém empossado governo envolveu a Reforma da Previdência e também marcou o primeiro atrito entre ministros.

O terceiro – e mais recente – recuo envolveu a Petrobrás e as reações do mercado financeiro.

Indicado para assumir a presidência da estatal, o senador Jean Paul Prates afirmou que a política de preços da empresa é “assunto de governo, e não apenas de uma empresa de mercado”.

 A fala causou reação dos investidores e queda expressiva da Bolsa de Valores.

Desde o dia 29, as ações da Petrobras (PETR4) desvalorizaram cerca de 7,8% e as ações PETR3 também caíram faixa dos 8%.

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