Privatização da MSGás ainda não está definida, diz BNDES

msgas1_0A desestatização da Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGás) não é uma questão já definida e a contratação de empresa para “implementação de serviços relativos à estruturação e implementação da desestatização” servirá apenas para embasar estudos que vão definir o futuro da estatal.

“O que não pode é a sociedade ser induzida a comprar modelos que são estritamente decorrentes de um discurso meramente ideológico”, afirmou Paulo Rabello de Castro, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Esse é apenas um processo que vai informar para a sociedade, por exemplo, a faixa de valor, o modo mais interessante de acrescentar valor a esse negócio”, afirmou Rabello de Castro, acrescentando que assim será possível destinar recursos a “investimentos mais necessários e prementes para a sociedade sul-mato-grossense, como na saúde, na educação, na logística”.

Na última semana de julho, o BNDES publicou edital para contratação de empresas para elaborar levantamentos referentes a MSGás e a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás).

As empresas vencedoras da concorrência terão que elaborar uma avaliação econômico-financeira e estudo de “alternativas de evolução para evolução do modelo regulatório do setor e a modelagem do processo de desestatização”.

De acordo com o presidente do BNDES, esse processo todo deverá ser concluído no prazo entre 6 a 9 meses.

A privatização de empresas estatais que atuam nas áreas financeira, de energia e gás, e saneamento, é uma das condições impostas pelo Governo Federal para renegociar as dívidas que os estados têm com a União.

Outros estados também já buscaram ajuda do BNDES para a contratação de estudos para avaliar a situação das estatais e a viabilidade ou não delas serem privatizadas.

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