Procuradores repudiam acusações à Força Tarefa da Lava Jato

notaA Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) divulgou uma nota de repúdio sobre a deturpação de alguns dos esclarecimentos prestados pelos procuradores da República na Operação Lava Jato em entrevista coletiva concedida na quarta-feira (14).

Frases como “não temos provas, mas temos convicção” foram disseminadas na internet, mas não foram ditas pelos investigadores. 

Nota de Repúdio

“Cumprindo legitimamente o dever e o direito de informar a população, a força tarefa Lava Jato tão somente apresentou a acusação contra o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, dentre outros, como o fez em já numerosas outras ocasiões, sempre nos momentos nodais dos processos, nos quais impõe-se o esclarecimento à opinião pública”, disse a nota, assinada pelo procurador regional José Robalinho Cavalcanti, presidente da ANPR.

De acordo com Cavalcanti, nenhuma verdade pode ser construída pela edição de frases e repetição de uma mentira.

“A convicção da força tarefa fundamenta-se em provas robustas reunidas em investigações sérias. Em mais de dois anos, atuaram na operação – sob as vistas e aplausos de todo o país – mais de 300 agentes públicos de diversos órgãos, especialmente do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Receita Federal, todos idôneos e sem qualquer vinculação partidária.”

O texto ainda diz que MPF, por seus 13 procuradores da República que assinam a acusação, apenas cumpriu sua obrigação constitucional. 

“A força tarefa apresentou as provas de autoria dos crimes que apontam, neste caso, para o pagamento de propina de mais de R$ 87 milhões pela empreiteira OAS a diversas pessoas e partidos. A corrupção política, com o poder econômico dela decorrente, deturpa a democracia pela subversão da necessária igualdade de oportunidade entre todos os atores políticos”.

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