Num país onde está em vigor há dois anos um inquérito supremo para combater “atos antidemocráticos”, com prisão de gente, incluindo deputados federais, bloqueio de recursos financeiros dos acusados e poderes de AI-5, é extraordinário que nenhuma das nossas autoridades superiores tenha se interessado até agora por um ataque grosseiro à democracia feito por um dos candidatos à Presidência da República nas eleições de 2022.
O candidato é Lula e o seu ataque à democracia é a promessa, mais uma vez, de acabar com a liberdade de imprensa neste país se for eleito – acabar na prática, no mundo das ações concretas, com a desculpa de que vai “melhorar” a integridade da comunicação social no Brasil.
Desde o seu primeiro governo, tentou criar o “controle social dos meios de comunicação” – nome de fantasia para a censura, a punição a jornalistas e a liquidação da imprensa livre.
Seu último surto foi uma entrevista coletiva dada dias atrás, na qual comunicou ao País o novo “marco regulatório” (depois de ouvir essa história de “marco regulatório”, Lula nunca mais largou o osso) que está querendo socar na imprensa brasileira.
Aliás, Lula deixou claro o que realmente quer para os meios de comunicação brasileiros – o esquema que existe hoje na Venezuela, onde a liberdade é zero e o governo manda em cada palavra que chega até o público.
fonte: Trecho do artigo de J. R. Guzzo, O Estado