Enquanto Mato Grosso do Sul se prepara para a Rota Bioceânica, especialistas já apontam algumas tendências e perspectivas do ponto de vista econômico, com a implantação desta nova alternativa para alcançar o mercado asiático.
Só para se ter ideia do potencial econômico da Rota Bioceânica, de janeiro a setembro deste ano, as exportações sul-mato-grossenses contabilizaram cerca de US$ 7,2 bilhões e as importações em torno de US$ 2 bilhões, indicando um superávit de US$ 5,2 bilhões.
Junto ao mercado asiático, esta representatividade é ainda mais expressiva, totalizando cerca de US$ 3,2 bilhões para países como a China, Taiwan, Tailândia e Hong Kong.
Em outubro, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil e a União Internacional dos Transportes Rodoviários (IRU) promoveram em Campo Grande o Seminário “A utilização de instrumentos de trânsito internacional para a dinamização do Corredor Bioceânico”.
Por parte do MRE, coube ao ministro João Carlos Parkinson de Castro fazer a palestra sobre as possibilidades do novo corredor internacional.
Para ele, a implantação da Rota é a concretização da reconfiguração geoeconômica brasileira.
Com relação aos produtos que poderão ser transportados pela Rota, Parkinson afirma que serão de maior valor agregado e que possam ser conteinerizados.
Em sua apresentação, o ministro Parkinson avalia que a Rota pode trazer uma redução de custos de cerca de 49% podendo chegar até 68%, em comparação com o caminho tradicional pelo Atlântico, via os portos de Santos e Paranaguá.
Os produtos elencados, por ele, para atravessarem, via Rota Bioceânica, são as frutas, crustáceos, conservas, pescados, bebidas, açúcar, arroz, sucos e complexos de soja e milho.
Alexandre Gonzaga, Comunicação
Foto: Bruno Rezende
Foto capa: divulgação
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