Saudado por Lula, petista que espancou empresário ainda não foi julgado

Já se passaram mais de quatro anos, mas até o momento o ex-vereador de Diadema (SP) Manoel Eduardo Marinho, o Maninho do PT, ainda não foi julgado pela agressão ao empresário Carlos Alberto Bettoni, em abril em 2018, em frente ao Instituto Lula, em São Paulo.

Naquele dia, militantes e sindicalistas petistas protestavam no local contra a ordem de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bettoni se aproximou e, após uma troca de ofensas com Maninho, foi empurrado em direção a um caminhão que passava na rua.

O empresário bateu a cabeça no para-choque, desmaiou e uma poça de sangue formou-se à sua volta.

Levado às pressas para a UTI, onde ficou vários dias, foi diagnosticado com traumatismo craniano, que deixou sequelas.

Com dificuldades para falar e se movimentar, passou a ter convulsões, quedas e morreu em 30 de dezembro do ano passado, durante mais uma internação, desta vez agravada com uma infecção por Covid, segundo sua defesa.

A lembrança do caso ressurgiu no último sábado (9), porque, em Diadema (SP), Lula saudou “o companheiro Maninho por me defender”.

Por que Maninho do PT não foi julgado até hoje

Até hoje, ele e seu filho, Leandro Marinho, também denunciado no caso, não foram julgados. Segundo a defesa de Bettoni, ainda não foi proferida a sentença de primeira instância que autoriza o julgamento pelo tribunal do júri, que julga crimes dolosos contra a vida.

O ex-vereador e seu filho foram acusados pelo Ministério Público de tentativa de homicídio doloso qualificado, ou seja, com intenção de matar, por motivo fútil e com emprego de meio insidioso ou cruel.

Maninho foi solto “de ofício” pelo STJ

Maninho e Leandro ficaram presos por sete meses, de maio a dezembro de 2018, e só foram soltos graças a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

Antes disso, por três vezes, a Justiça de São Paulo rejeitou a soltura dos dois. Se eles forem condenados pelo júri, a pena pode variar de 4 a 20 anos de reclusão.

fonte: Correio do Povo

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