TSE já censurou 60 conteúdos que ligam Lula a corrupção, PCC, Ortega, Celso Daniel

Desde o início da corrida eleitoral, o TSE já atendeu 60 pedidos do PT para remover da internet e da propaganda eleitoral conteúdos que ligam o ex-presidente Lula a escândalos de corrupção, ao crime organizado, ao assassinato de Celso Daniel, à ditadura na Nicarágua e a diversos outros temas caros à esquerda, mas rechaçados por boa parte do eleitorado, tais como aborto, drogas e agenda LGBT.

No caso mais recente, o partido conseguiu, via TSE, impor censura prévia à exibição de um documentário produzido pela Brasil Paralelo, chamado “Quem mandou matar Jair Bolsonaro?”, que seria lançado no próximo dia 24.

As 60 decisões favoráveis a Lula representam uma taxa de sucesso de 64,5%, considerando o período analisado.

A maioria delas, 50, atinge posts e vídeos publicados pelo próprio presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores no Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, TikTok, Kwai, Gettr e Telegram. 

Como a censura começou e cresceu

Ainda em julho, antes do início oficial da campanha, coube ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes, inaugurar a série de decisões favoráveis a Lula.

Ele considerou “sabidamente inverídico” – e portanto, passível de remoção, conforme resolução aprovada pelo próprio TSE em 2021 – manifestações que ligassem Lula ou o PT à facção criminosa PCC ou ao assassinato de Celso Daniel.

No papel de defensor da Corte, Moraes acabou conquistando o apoio dos demais ministros, especialmente de seus colegas do STF, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, que também integram o TSE, e de Benedito Gonçalves, oriundo do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Esse nível de controle do discurso político é criticado por boa parte dos estudiosos por limitar demasiadamente a liberdade de expressão, num momento crucial da democracia, nos quais políticos devem ser submetidos ao escrutínio da opinião pública.

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