O periódico científico Revista Europeia de Epidemiologia publicou uma revisão de estudos sobre a possível eficácia da hidroxicloroquina na prevenção da covid-19.
O estudo selecionou 88 pesquisas, que passaram por um filtro, restando 11 trabalhos.
O levantamento com sete pesquisas mostrou que os pacientes que tomaram o remédio antes da infecção apresentaram redução de 28% no risco de agravamento da covid-19.
Entre os cinco autores, dois são da Universidade de Harvard, uma das mais conceituadas do mundo.
Os pesquisadores lamentaram a falta de mais trabalhos científicos sobre o caso.
“No início da pandemia, houve uma conclusão prematura de que a hidroxicloroquina não tinha efeito profilático, quando a conclusão correta seria que o efeito estimado era muito impreciso”, informa o estudo.
O texto cita pesquisas sobre a hidroxicloroquina do começo da pandemia de covid-19, com amostragem pequena, que eram contestadas em relação ao desenho experimental.
À época, a droga foi desacreditada pela comunidade científica e por veículos de mídia, que chamaram os defensores do remédio de “negacionistas”. Para os autores do estudo, isso não deveria ter ocorrido.