O general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva (foto) concedeu entrevista à revista Oeste
Durante a trajetória acadêmica, Rocha Paiva acumulou vários títulos, entre eles, o de doutor em Aplicações, Planejamento e Estudos Militares pela Escola de Comando e Estado–Maior do Exército e de mestre em Aplicações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.
Na reserva desde 2007, especializou-se em geopolítica e estratégia militar.
Confira os principais trechos da entrevista.
Como o senhor vê uma possível vitória do ex-presidente Lula?
Vai ser a falência moral do país. Não é possível votar em uma pessoa que se envolveu em corrupção e que foi julgada e condenada em três instâncias. Mesmo tendo sido “descondenado”, os crimes ocorreram, e as provas não vão desaparecer. Durante um pronunciamento, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse que a Lava Jato acabou por meras formalidades. Ele reconheceu, contudo, que os crimes cometidos por corruptos, além do dinheiro devolvido, existiram. Se Lula voltar ao Palácio do Planalto, será uma tristeza e uma lástima para o país.
Qual avaliação o senhor faz das manifestações de 7 de Setembro? Qual foi o recado das ruas?
Uma demonstração de patriotismo, de que o Hino Nacional e as cores da bandeira do Brasil são nossa identidade, e não a Internacional Socialista e o vermelho do PT. O recado que as ruas deram foi um protesto contra a velha liderança patrimonialista, fisiológica e corrupta do país. Essa elite ocupa grande parte dos Três Poderes e defende interesses que vão na contração do que deseja o país. Os brasileiros estão cansados disso. E esse establishment é combatido pelo atual governo, que tenta estabelecer uma nova forma de fazer política. A nação quer um Brasil democrata, com todas as liberdades garantidas, e uma Justiça que atenda aos interesses e aos anseios da população.